COUVERT ARTÍSTICO





quinta-feira, 14 de abril de 2011

Moça da Estação

Ela que não tem vergonha e entra no trem
Pedindo um trocado, também faz faxina
Batalha o alimento da sua menina

Ela improvisa um discurso, sua biografia
Reduzida a tristeza com pouca alegria
Sonha em ter uma mesa, um teto, uma pia

Ela não dorme no ponto, pega qualquer um
Repete seu conto, arruma algum
Seu itinerário é lugar nenhum


Igor D'Oliveira 30/12/06

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